Todas nós mulheres somos mães em potência, ou seja
temos a possibilidade de ser mãe.
E nosso ciclo nos lembra disso a cada mês.
E nosso ciclo nos lembra disso a cada mês.
Algumas de nós podem haver perdido essa
possibilidade ou diminuído essa “chance” por questões fisiológicas,
mas todas, sem exceção, nascemos e crescemos com o potencial maternal.
Experimentamos a maternidade nas diferentes fases do nosso ciclo menstrual (as
4 fases – Miranda Gray), somos mães de filhos “emprestados”: dos amigos,
familiares. Somos mães de nossos projetos, ideias e criações das mais diversas.
O fato é que para algumas de nós chega o momento de
querer gestar realmente um novo ser. E é interessante perceber que só se fala
do ser mãe a partir da concepção. E todo o processo que passam tantas mulheres
e casais com a intenção de gerar uma nova vida?
O termo que se difundiu para os que estão tentando
engravidar é justamente “tentantes”. Nós preferimos usar o termo mães ou pais em
potencia já que existe o potencial e a intenção, como em
qualquer semente.
Segundo o psicólogo Alexandre Coimbra do Amaral as
mudanças psicológicas referentes a maternidade começam quando uma mulher decide ser mãe, quando
esta se abre e diz “sim eu quero isso pra minha vida”. Porque a partir desse
momento estamos a mercê dos fluxos naturais do viver, como a semente que tem
todo o potencial dentro dela e pode germinar ou não.
Entrar no mundo da maternidade é entrar na
vulnerabilidade, na fluidez e imprevisibilidade. É fazer um pacto com a vida
aceitando a sua incerteza. Porque desde o começo, todas nós que queremos ser
mães não sabemos se será possível. E quantos sentimentos isso nos
traz???!!!
Se conseguimos engravidar não sabemos se esta tudo
bem até o primeiro exame, e depois até o segundo, e depois até o nascimento.
Depois do nascimento não sabemos se estamos fazendo o melhor, o mais correto,
se o bebe esta bem realmente.... ou seja desde a primeira decisão entramos em
contato com a pura incerteza da vida, que esta todo tempo presente mas que a
gente faz de conta que não.
Então façamos essas perguntas quantas vezes seja
necessário:
- Quanto eu realmente me entrego pra vida e aceito a imprevisbilidade das coisas?
- Quanto queremos controlar, saber, e prever?
- Quanto realmente eu estou disposta a me jogar no abismo das incertezas simples do cotidiano e as mais complexas incertezas existenciais?
Decidir ser mãe é um convite para se entregar à
fragilidade, aceitar a fluidez do mundo, a inconstância e
impermanência que aparece no cotidiano.
Ser mãe é treinar isso, constantemente pro resto de
nossas vidas.
Vamos percorrer juntas essa jornada?!
Camila
OBS: Mães em Potencia é uma "série" de textos que recém começa.
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